domingo, 26 de setembro de 2010

Sábado Diferente - continuação

Direto ao dia 25 de setembro. Acorda cedo, já??? Eram seis horas e iríamos sair de casa às 6e20 para pegar o coletivo e chegar no ponto de partida do grupo, com saída prevista para 7horas. Após cumprimentar a organizadora, ela manda entrar no ônibus. Pode sentar em qualquer lugar, menos nas quatro cadeiras da frente pois estão reservadas para quem tem dificuldade para andar. Ok. Vamos lá. Sentei logo atrás da primeira fila. Meus pais foram lá para trás. Já havia dado sete horas e ainda faltavam pessoas. Não tem pontualidade? Organização? Calma Rose! Calma. Entrou uma outra organizadora que foi dizendo que deveríamos ir embora. Concordei afinal se sairmos no horário da próxima vez essas pessoas aprendem a chegar no horário. Que maldade a minha! Calma Rose. Fechei os olhos. Para relaxar e ninguém puxar conversa comigo. Não adiantou, lá ouvia eu a pergunta e respondia. Fechei os olhos de novo. Consegui. Daí você ouve a conversa dos outros. Que coisa chata, mas tenho ouvidos! Num ônibus como não ouvir. Um fala do outro, outro fala de receita, outro de dores, e eu pensando, um dia vou ficar velha também. Ou não? Só Deus sabe. Sei que tenho que fazer a minha parte. Ter paciência. Finalmente o ônibus parte, não me pergunte com quanto tempo de atraso, pois não quis olhar o relógio. O passeio seria em Campinas. No meio do caminho, um burburinho, o motorista mais a guia erraram o caminho. Faz a volta. Já passou nesse lugar. Deveria seguir a direita. Não. Deveria ser nesta rua... enfim saiu no lugar certo e chegamos. Onde? Não sei. O lugar era arborizado, arrumado. Entramos quintal a dentro. Fomos orientados a procurar uma mesa e sentar-se. Aguardamos. Chega uma pessoa que nos dá boas vindas e nos oferece um café para depois seguir para outro espaço. Pensei, é o culto. Já tinha tomado café. Tomei um café com leite e um pãozinho pequenininho com geléia. Valeu. Tomei outro café com leite. E olha que não sou de tomar leite! O que está acontecendo comigo? Fomos para o outro espaço. Na parede estava escrito em letras maiúsculas enorme: Lar Luterano Belém. Varias cadeiras, projetor, slides. Eram nove horas. Soube que era o pastor. Ele começou dando bom dia e informando que o tema a ser discutido hoje seria Morte e morrer, como se preparar.
Houve cantos, todos cantaram. Houve dinâmica de cantar e abraçar. Depois tivemos que responder a quatro perguntas escrevendo no papel. Terminado de escrever, ele informa estas anotações ficariam com a gente e quem quisesse poderia falar. E assim foi. Eas emoções de algumas pessoas brotaram. Comecei a ficar...injuriada (como se diz em Salvador) calma Rose, paciência. Comecei então a anotar o que interessava para escrever no blog. Anotei o que acabei de escrever, para me lembrar e continuei escrevendo. Enquanto ele falava , escrevi também uma coisa que me passou na cabeça., ou seja, a gente não morre. A matéria morre, nós apenas dormimos para fazer a passagem. Afinal a vida eterna é eterna sem rompimentos”. Fui ouvindo o que ele falava e observando as reações das pessoas e a minha. O que me aliviou foi ser observadora. Daí veio outra coisa a mente, acredito que já falei sobre isso em algum outro pedaço... que aprendi que o amor incondicional é maior do que qualquer sentimento, por isso é tão fácil perdoar. Não se perdoa, se ama. É automático, quando se ama de fato automaticamente já se perdoa.
Próximo , como chamar? Item? Estava lá no sliede: preparando-se para o fim da vida:- conciliar-se com que se faz necessário
-ensaiar o desapego
- e confiar
-vencer o medo de que não vamos fazer falta quando falecermos
-vencer o medo do que vão falar de mim quando eu não estiver mais aqui
-medo de ficar sozinho na hora da morte
- ter uma vida de fé
- na fragilidade da vida deixar-se carregar pela mão graciosa de Deus
Entre outros e que a cada item desse ele esclarecia ou informava... no inicio da palestra estavam todos atentos, interessados, veio grupos de Limeira, Rio Claro, Campinas, e outros além de Indaiatuba. Diga-se de passagem, que o nosso ônibus de 50 lugares só faltaram duas pessoas!. Continuando... Passado a hora, não sei que horas eram, o (daí soube que ele era o pastor) o pastor perguntou se o grupo queria tomar um cafezinho ou tocar adiante. O grupo quis tocar adiante sem intervalo. Mas ele não informou até que horas ele iria com a palestra, ou culto? Eu não entendo nada disso. Sei que lá pelas 11 horas o povo já conversava entre si enquanto ele falava. Será que ele não se tocou? Que o povo tá cansado? Que terceira idade não agüenta tanto tempo sentada? Mas ele continuava a falar e falar. Nossa! 11 e meia, que cansativo, o que foi que eu vim fazer aqui? Respondo: com tudo se aprende, então não estou aqui à toa, alguma coisa vou aprender com isso. Bom, mesmo ele perguntado e o povo respondendo, e nesse instante ele estava esclarecendo sobre o pensamento de Martinho Lutero... nossa que linda a imagem que passou no slide, só eu como vou descrever? Uma mão em concha e um corpo adolescente meio que deitado sobre a palma da mão, parecia esculpida. Percebi que o silencio reinara novamente. O povo dormiu de vez ou se interessou de novo? Não sei. Ouço ele falar: para receber o perdão antes de morrer é através da contrição, ou seja, reconhecer o erro, ou pela fé.
Pensei com meus botões, ah tá...
Ele continuou, como compreender o que acontece com a gente na morte? Martinho Lutero explica que é como o útero apertado, o bebe quer sair e ganhar o mundo, mas tinha medo e assim é com a morte.
Eu com meus botões, que tal? Legal....cada um explica como pode...
E ele continuou: sai do mundo para ganhar a eternidade.

O que acontece entre a morte e a ressurreição? A gente voa como os espíritas dizem, ou a gente voa... fiquei chocada! Não se respeita outra religião? Falou mais um pouco e ouvi : é como dormir e acordar. Eu me pergunto, ele passou por isso? Como ele sabe disso? Calma Rose, cada um tem seu jeito...
Falou sobre doação de órgãos, mas eu já não estava mais prestando atenção. Voltei a ouvir. E o que ouço? Como entendemos a doença?é para se socorrer, se cuidar e ela pode vir a ser um tempo de graça e benção, pois ela pode estar preparando a pessoa para morrer.
...Ui! Doeu. Acredito que eu era a pessoa mais nova do grupo, os demais estavam acima dos setenta. Quantos estão doentes? Vão morrer? Como é que é isso? As perguntas borbulhavam em minha cabeça, mas as segurei para mim. Ouço ele explicar sobre a diferença da oração memorial que o luterano faz e o sétimo dia de missa que os católicos fazem. Mais uma vez, onde está o respeito? Acabei convidando minha mãe a sair comigo, pois ela mesma não estava bem e saímos. E o pastor continuou com a falação até após meio dia! Quando foi servido o almoço. Nossa! O almoço estava delicioso! Tinha alface, beterraba cozida, tomate cortado em quatro, salada de chuchu com vagem e azeitona, e maionese de repolho e cenoura bem picadinha, mas arroz, feijão e batata cozida e carne, não sei que carne, pois não como. O tempero estava muito bom mesmo, valeu a espera. E o passeio? Seria como? Ouviram minha pergunta, pois ouço a resposta. Após o almoço sairemos para o shopping onde assistiremos a um filme no cinema. Que filme? A gente vai pagar ingresso? Nada sei. Aguardei. A sobremesa foi abacaxi picado, muito bom também. Repeti e era melão picado a segunda remessa. Saímos para o ônibus a caminho do shopping. Puxa, shopping que eu não conhecia, shopping Prado! Legal. O filme? O malvado favorito, ou coisa parecida. Eu queria mesmo assistir. Entramos na sala do cinema, nem sentamos fomos convidados a sair para outra sala pois este já estava lotado. E assim o grupo foi dividido em duas salas com o mesmo filme. Valeu, dei risada, mas esperava muito mais. Não assisto de novo. A mensagem do filme é que vale. O amor sempre vence. Após o filme, voltar para o ônibus, só que tivemos que esperar algumas pessoas que foram passear no shopping. Podia? Não fui avisada e nem os que estavam aguardando no ônibus, o dia do meu aprendizado era: ter paciência. Voltamos para Indaiatuba, cada um descendo próximo da residência no trajeto do ônibus. A maioria desceu no ponto de partida, nós descemos na rodoviária e conseguimos pegar o ônibus coletivo para casa. Jantamos e eu vim para casa. Lar Doce Lar. Valeu o passeio, aprendi que da próxima vez tenho que perguntar sobre o roteiro, sobre pontualidade, organização. Me pergunto? Vale a pena? Não sei. Mas tenho certeza de que com esse grupo não viajo mais. Aprendi que podemos escolher nossos caminhos, e eu escolhi fazer este passeio, no escuro, mas eu aceitei. Valeu como experiência. Nada é a toa nessa vida. Chega por hoje. MUITA LUZ DIVINA!

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