domingo, 26 de setembro de 2010

Diário...Recenseador - 3.Setor - Parte 4

Que chuva foi essa a madrugada inteira? Trovões? Não sei que horas foi, mas levantei e desliguei a geladeira de tanto trovão e relâmpago. Consegui dormir. Ao acordar chovia e chovia. Sem guarda-chuva (esqueci na mamãe ) não poderia ir trabalhar. Decidi pespontar as borboletas da outra cortina que tenho para terminar. A chuva oi diminuindo e eu com vontade de visitar as casas que prometi voltar. Assim que estiou, sai. Nem bem fechei o portão lá vinham meus pais trazendo o meu guarda-chuva e algumas verdurinhas para mim. Legal. Fui sossegada e fui conseguindo encontrar o povo em casa. Alguns não, infelizmente. Mas tudo debaixo de chuva, pouquinha de maneira que dava para fazer. As pessoas saiam debaixo de guarda-chuva e vinham responder. Ah! Esqueci de falar que eu estava cômica! Sim de bota plástica branca no meio do barro!!! Hilário! Coloquei a barra da calça para dentro da bota para não sujar a barra. Adivinha o que sucedeu? Entrou uma pedrinha no pé esquerdo mais uma bolinha de barro nos dois pés!!! Descalcei para irar as pedras e depois coloquei a barra para o lado de fora da bota. Molhou com a chuva, sujou com o meu jeito de andar, mas pelo menos não entrou mais nem uma pedrinha...Eram quase três horas e eu sem almoço, mas como estava encontrando pessoas fui fazendo, até que um morador me ofereceu feijoada! Gentilmente neguei, por não comer carne, ofereceu refrigerante, cerveja, e eu negando pois não bebo álcool e nem refrigerante. Pedi água e me trouxe como se fosse ouro. A esposa estava respondendo ao questionário e lá vem ele com o refrigerante querendo trocar com a água. Eu esclarecendo que não tomo mesmo refrigerante. Ofereceu a feijoada de novo. Eu respondi que não e que aceitaria uma banana, pois de fato estava sem almoço. Gentilmente me trouxe duas no prato. Foi uma maravilha, que gostosa! Não sei se foi minha fome ou se estava gostosa mesmo. Quando comentei com a moradora ela respondeu que comprara no mercado. Repeti de que estava muito boa. Segui na rua barrenta, afundando o pé, aliás a bota e rezando para não escorregar. Não pelo vexame, mas imaginou sujar e estragar um aparelho que está sob minha responsabilidade? Nossa! Nem pensar! Correu tudo bem. As quadras eram pequenas, uma face nova foi grande, não consegui achar todos. Algumas casas não têm campainha e nem sino, batia com a mão no portão, pois tinham carros lá dentro, mas ninguém atendeu. Com chuva, com som dentro de casa, quem vai ouvir alguém lá fora? Ah outra coisa interessante, como todo recenseador sabe, não somos nós que escolhemos o questionário. É o IBGE. E que ele surge numa média a cada 10 casas aleatoriamente, às vezes mais do que 10 casas. Estava eu realizando o questionário de amostra, e o morador chamou a filha dele para responder o dela, pois tinha muitas perguntas que ele não saberia responder por eles. Tá tudo bem, mas o deles seria o básico, expliquei, por ele ter recebido o de amostra. Terminado o questionário dele, a filha veio responder. Expliquei a ela que seria muito difícil ela responder ao questionário amostra, pois acabara de fazer para o pai dela. E que um raio não cai duas vezes no mesmo lugar. Surpresa!! Outra amostra! Eu particularmente fiquei feliz, por outro lado preocupada, pois ela vira quanto demorou com o pai dela. Mas ela teve muita paciência e tudo terminou muito bem. Segui adiante, escorregando, andando, equilibrando. Cômico. Agradeci estar de botas! Soube que tinha um ônibus as 18h, então me preparei para o último questionário e faltavam cinco para 6, fiquei aguardando. Passado 15minutos resolvi voltar a pé mesmo, pois iria escurecer ainda mais no barro, o que estva sendo cômico podia virar uma tragédia rsrsrs. Bati num portaozão, pois vi dois carros lá dentro. Bati e gritei Ó de casaaaa! Mas nada. Quando vi o ônibus apontar dei sinal na esperança que parasse, pois estava fora do ponto. Graças aos céus ele parou, como era descida derrapou, em fração de segundos fiquei paralisada. Mas deu certo, ele parou e eu agradecendo subi e conversei com ele, esclarecendo o censo. Interessante, passados dois meses ainda tem pessoas que não sabem para que o censo “serve”. Desci e mais uma vez agradeci. A chuva continuava. Fiz minha janta, o couve que mamãe deu mais abóbora e mandioca. Do meu jeito e comi. Antes porém, tomei um belo de um banho, claro! E agora estou escrevendo para ligar a internet e postar. Como a internet anda ruim ultimamente...vamos ver se postarei hoje ou não. E vou também escrever sobre o dia de sábado, que estou devendo. MUITA LUZ!

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